O exemplo de Pilatos
Os gestos mais comezinhos que, distraidamente e por necessidade, repetimos a toda a hora, trazem-nos muitas vezes graves transtornos. Coisas simples como um cordial aperto de mão ou uma agradável conversa através do telefone podem acabar numa tragédia cujas origens sempre se ignoram.
Tão perigosa ameaça consiste na quase totalidade das doenças infeciosas propagadas pelo contacto com objetos contaminados: o dinheiro que passa de mão em mão, os puxadores das portas, os corrimãos das escadas, os balaústres dos transportes, os bocais dos telefones, os carrinhos dos supermercados.
As notas de Banco e as moedas são agentes de grande número de casos, como anginas, amigdalites, pneumonias e de outras doenças contagiosas, pois circulam carregadas de micróbios e de bactérias.
Para evitar semelhante perigo, os cientistas estudaram uma série de medidas de higiene preventiva, ao alcance de todos, a primeira das quais fácil de aplicar, pois consiste na simples desinfeção das mãos, por meio de sabão e água ou de um líquido desinfetante próprio para o efeito.
Que se siga este salutar exemplo, neste caso de mera precaução higiénica, adotando o método de Pilatos que, segundo se diz, também serve para lavar as consciências…
João Vieira
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