O pão que nos alimenta

Enquanto uns dormem e outros conciliam os seus afazeres quotidianos pelo pêndulo do relógio, os padeiros, debruçados sobre os tabuleiros repletos de farinha, trabalham, com as mãos ágeis, a massa alva que constitui o alimento primordial das classes menos abastadas: o pão!

A partir da meia-noite, até raiar o dia, esses operários anónimos labutam durante horas consecutivas, no fabrico desse precioso e indispensável alimento, confecionado desde o tipo do pão comum até às qualidades mais finas.

O trabalho executa-se com a máxima rapidez e perfeição. As mãos destes homens operam o milagre, transformando a massa branca e quase incolor em apetecível e alourado alimento.

Ao romper a madrugada, terminada a exaustiva tarefa em que a técnica e a higiene se dão mãos, o pão começa a ser expedido para os balcões de venda das padarias e pastelarias. Com rigor e verdade, se diz «que nem só de pão vive o homem», mas que seria dele e do seu espírito, também, se o pão lhe fosse negado?

João Vieira 

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