A lareira
Nos   arredores da cidade tenho uma lareira.
Acendo-a   e creio que nem seria Natal
Sem   a chama avermelhada de um monte de madeira
E   o calor de dentro de cada um íntimo sinal
Esqueçamos   o fumo o acto de fumegar e o cheiro
E   a barriga aconchegada o que nos vai custar;
O   menino nasceu, há tempo da Páscoa chegar
Um   tempo de repouso um riso ao mudar-lhe o cueiro
Nem   haveria Natal sem frio e sol e quem me dera
Voltar   a um coração de criança neste dia;
Acreditar   no que é próprio natural a alegria
De   quem nada receia tudo sabe e tudo espera...
Assim   penso fixando e remexendo as brasas da lareira.
É   Natal, sim, é Natal desta e de muita outra maneira.
(Cristina   Cortes)

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