Poema de Natal
Seja cada presépio a nossa casa
Transformada no mais florido altar,
Um pedaço de sol em cada brasa,
Uma estrela do céu em cada olhar.
Seja o Natal das prendas uma prenda
Que não esqueça o mundo humilde e mudo,
Seja a verdade a dominar a lenda
A verdade primeiro e mais que tudo.
Seja o Natal fraterna comunhão
Com os pobres sem pão e sem lareira,
Não haja, em parte alguma, coração
Que, por Jesus, não ame a terra inteira.
A voz das almas se una à voz dos sinos:
– Glória a Deus! Para os homens, paz e bem!
Todos, pelo Natal, somos meninos
A beijar o Menino de Belém...
Moreira das Neves
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