MEMÓRIAS DO MAR E DOS SEUS SILÊNCIOS




  Memórias
    do mar e dos seus silêncios



    Ainda os ouço ecoar dentro de mim;
   aqueles longos silêncios,
   os que partilhei com o mar, e a minha poesia

    Comoções que a memória preservou,
   quiçá para mais tarde as reviver
   como se degusta uma reserva do melhor vinho

    Ah, esse mar amado, feito de lonjuras,
   sinto-lhe a falta do hídrico consolo,
   do doce embalo que leva à evasão e à paz

    Agora é tempo de o recordar, saudoso,
   mas, mesmo envolvido de uma total ausência de ruído,
   aqueles silêncios mágicos não os desfruto mais

    Quem sabe se voltarão a invadir-me de paz
    depois que um sino triste dobre por mim…




   Eugénio de Sá
   6.Abril.2018


  



  


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