FICANDO INVISÍVEL


Sempre ouço dizer que, a certa idade nós, as mulheres, nos fazemos invisíveis.
Ou tão transparentes que nosso desempenho no drama da vida vai diminuindo e que nos tornamos inexistentes
ou invisíveis para um mundo onde só cabe a investida dos anos jovens, dessa mocidade que aí está pulsante e irreverente,
Eu não sei se me tornei invisível para o presente mundo, mas pode ser que assim seja.
Porém nunca me senti tão consciente de mim mesma como agora, nunca me senti tão estrela da minha vida, e nunca curti tanto cada momento da minha existência.
Descobri que não sou uma princesa de contos de fada, cabelos dourados, faces cor de rosa, lábios de carmim,
mas descobri o ser humano sensível que sou além de muito forte. Uma pessoa com suas desventuras e suas grandezas.
Descobri que posso tolerar o luxo de não ser perfeita, de ter mil e um defeitos, de ter fraquezas,
de me deixar enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros.
E apesar disso… Gostar de mim! Pois se não gostar de mim mesma como gostarei de outra pessoa?
Quando me olho no espelho e procuro quem fui sorrio àquela que hoje sou…
Regozijo-me do caminho andado, aceito minhas incoerências. Sei que devo cortejar com carinho a jovem que fui,
mas deixá-la para traz porque agora me atrapalha.
Aquele mundo de ilusões e fantasias, já não é o meu mundo, não mais me fascina.
É bom demais viver sem ter tantas obrigações, bom demais não sentir uma inquietação,
um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos devaneios.
Adoro ser invisível neste mundo triste, carente de sonhos e de poesia.
Analuz Carvalho

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​Abraços Carinhosos
Olga Lopes

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