No silêncio da noite




No silêncio da noite

É no silêncio da noite que a gente
Sente mais forte bater o coração
Torna-se, então, latente a nostalgia
Num'alma triste, carente de afeição
Lembrada de quem disse que nos queria.

É no silêncio da noite que a gente
Sente maior a dor do abandono
Tornada chama que cá dentro queima
Num corpo que não tem mais dono
Plo abandono de quem não o reclama.

É no silêncio da noite que a gente
 Solta os gemidos surdos à razão
E o corpo revolta-se, irrequieto, quente;
Aos poucos vai perdendo a exaltação.

É no silêncio da noite que a gente
Então desiste d'alguma empolgação
E adormecemos num sono descontente
Que nos recusa o sonho ao coração.


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​Abraços Carinhosos
Olga Lopes

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