DESAMOR





DESAMOR
Eugénio de Sá

Mulher que me rendeste aos teus caprichos
Preso nas malhas de um amor insano
Funéreo dia em que esse amor profano
Me deixou subjugado aos teus enguiços.

Das cinzas desse amor o céu me prive
Que o meu peito renega essa pendência
E a razão mais me avisa ser demência
Insistir na desordem que em mim vive.

Pugno pela vontade que me falta
Para expulsar - quem dera - o teu feitiço
Mas neste palco ainda és a ribalta.

E assim, é nesse fogo em que me atiço
Ardendo em chama cada vez mais alta
Que me consumo, sempre mais comisso.

Eugénio de Sá


  
Créditos:

Tutorial: Maria José Prado

Tubes: Ana Ridzi

Arte e Formatação Original: Vanda Gigo




Um abraço carinhoso!


  




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